Enquanto Bruce continua tentando apagar
as chamas e conter o incêndio, Mark e Katherine saem dali para evitar se
encontrarem novamente com as autoridades de Pallet. Eles recolhem seus pokemon
e os fazem retornar a pokeball para se recuperar do nocaute sofrido contra
Lloris.
Durante algum tempo eles ficam em
silêncio, ambos estão abatidos com a derrota sofrida. Mas nesse momento se
focam em um objetivo mais próximo, recuperar o Cyndaquil de Katherine.
Para quebrar aquele silencio e clima
pesado Mark tenta começar uma conversa, ele pergunta a Katherine, sobre como
ele tinha sido reconhecida por Bruce e pela oficial de policia como sendo de um
das regiões de Johto. Ela o explica que depois da grande guerra quando
precisavam repovoar a região e recriar a fauna e flora da região foram trazidos
pokemon de outras regiões.
Isto era parte da ideia de integrar
todos os continentes, mas no fim terminou sendo algo para dividi-los ainda
mais, usar pokemon de determinada região era como que um símbolo de orgulho
racial, demonstrando de onde o treinador vinha, contudo existiam alguns poucos
que ousavam usar pokemon de mais de um lugar, normalmente isso o faz ser mal
visto pelos outros.
Mark então toma coragem para perguntar a
ela por que Cyndaquil havia fugido, ela tenta disfarçar e mudar de assunto, diz
que talvez ele apenas estivesse assustado em ter de enfrentar um Emboar, devia
ser apenas isso.
Por
favor, me deixe te ajudar, conte a verdade para mim. Eu vi o seu Teddiursa
lutando, você é uma ótima treinadora, com certeza um pokemon não fugiria assim
da luta. Eu vi que você estava hesitante em usá-lo, além disso, seu Teddiursa
tem um nome, e ele não, há algo de estranho nisso. – disse Mark
Não
me lembro de ter pedido sua ajuda, alias foi por ter seguido você que tudo
começou a dar errado para mim, então é melhor você ir embora, nossos caminhos
não vão para a mesma direção. – disse Katherine
–
Tudo bem, acho que esta certa, eu causei todos esses problemas para você, atrai
todos estes incidentes. Mas o seu Cyndaquil ainda esta perdido, me deixe
ajudá-la a encontrá-lo, depois disso eu a deixo em paz.
Mesmo parecendo contrariada Katherine
concorda e ambos seguem em silêncio caminhando pela trilha em busca do
Cyndaquil.
Depois de algumas horas caminhando sem
encontrá-lo começa a anoitecer, eles decidem acampar e continuar a busca no dia
seguinte. Mark carregava uma pequena barraca montável em sua mochila, como bom
cavalheiro ele a cedeu para Katherine, que agradeceu reclamando que aquilo era
muito desconfortável e que estava acostumada a dormir em lugares melhores.
Mostrando-se bastante hábil com essas
coisas Mark acende uma pequena fogueira para aquecê-los, enquanto isso eles
comem alguns biscoitos em silêncio. Em seguida Katherine vai se deitar na
barraca e ele fica sentando perto de lá mexendo na fogueira e vigiando.
Você
ainda esta acordada? – perguntou Mark
–
Não precisa responder se não quiser, apenas me ouça. Eu peço desculpas, não
tenho o direito de te perguntar coisas que você não quer responder. Eu sei que
não esta me dizendo toda a verdade, que esta escondendo algo, mas vou esperar
ate que queira me contar por conta própria.
–
É verdade que não sei muito sobre você, mas sei que esta fugindo de algo e que
precisa de ajuda, e eu vou ajudá-la, é uma promessa.
–
Boa noite Kath.
Boa
noite Mark. E não me chame de Kath. – disse Katherine
Dentro da barraca ela sorri e se prepara
para dormir, feliz por ter encontrado uma pessoa boa durante a sua viagem. Mas
de repente quando esta prestes a dormir ela sente algo entrando na barraca, ela
se prepara para dar um grande tapa em Mark e expulsá-lo chamando-o de tarado.
Mas para sua surpresa não era Mark, era
um pequeno pokemon que ela não conseguiu identificar, ele tinha entrado lá
procurando algo para roubar, com o grito de Katherine o jovem de Miracle invade
a barraca para ver o que estava acontecendo. Depois de muitos gritos e de dar
um tapa nele, ela se acalma.
Ela explica que algum pokemon havia
invadido o acampamento para roubar coisas, apontando a pokedex para dentro da
barraca ela identifica o pokemon. Era um Elekid. No momento em que coloca os
olhos sobre ele Mark decide que vai capturá-lo.
Antes que Katherine pudesse falar sobre
como isso errado, um garoto de Kanto capturar um pokemon de Johto, ela viu que
para ele nada daquilo importava, era queria ser o mais forte, mesmo aquela
derrota para Lloris não havia o derrubado ou mudado, ele demonstrava uma
determinação ainda maior.
Mark lança Nidoran contra ele, ele
avança usando sua velocidade com um Quick Attack, mas Elekid demonstra uma
velocidade muito maior, conseguindo se esquivar do ataque. Elekid responde com
Thunder Shock, o pokemon rosa recebe a descarga elétrica e parece ter sofrido
um dano considerável.
Percebendo que Elekid era mais forte que
Nidoran, Mark decidiu mudar de estratégia e evitar o confronto direto, o
pokemon selvagem era mais veloz e também possuía um ataque mais poderoso. Para
vencer era preciso tirar isto dele.
Ele ordena que Nidoran corra em direção
a floresta, o pokemon obedece sendo seguido por Elekid, mas com tantas árvores
no caminho a velocidade do pokemon elétrico perde a utilidade, não consegue ser
tão ágil com tantos obstáculos pelo caminho.
Seguindo as ordens de Mark, Nidoran
consegue usar as árvores a seu favor, superando a velocidade de Elekid e o
atacando com seguidos Tackle, mas logo o pokemon elétrico perde o controle, ele
esta furioso e começa a usar seus ataques elétricos impedindo o adversário de
se aproximar.
Nidoran já tinha sofrido um Thunder
Shock, provavelmente não aguentaria o próximo, mas mesmo assim Mark o mandou
avançar, e confiando cegamente no seu treinador ele avançou, Elekid não pode
fazer nada além de assistir Nidoran se aproximar ate o atingir com o Fury. O
pokemon elétrico foi nocauteado.
Mark havia calculado o tempo que Elekid
gastava para se recarregar depois de cada descarga elétrica, naquele intervalo
de tempo ele ficava indefeso, e foi este o momento em que ele ordenou o ataque
de Nidoran, com muita dificuldade ele havia conseguido vencer. Ele atira uma
pokeball que depois de girar por duas vezes finalmente para, Elekid agora era
dele, sua primeira captura.
Mas não há muito tempo para comemorar,
ele não estava lá para capturar pokemon, sua missão ainda era ajudar Katherine
a encontrar seu pokemon que havia fugido.
Após tudo isso eles desmontam o
acampamento e continuam caminhando pela floresta, ate que veem pequenas nuvens
de fumaça se formando, como se fosse um sinal, rapidamente correm ate lá na
esperança de encontrar Cyndaquil.
Para a surpresa deles encontram uma garota
segurando Cyndaquil pelo pescoço, ela tem aparência de não ser muito mais velha
que eles, provavelmente a mesma idade. Uma garota alta, de longos cabelos
vermelhos esvoaçantes, vestida com uma calça bem larga, com um lenço amarrado
como se fosse um cinto e uma blusa curta mostrando sua barriga, era muito
bonita.
Bem
vinda disse a aranha a mosca. – disse a jovem
Charlotte,
o que você esta fazendo aqui? Eu não entendo. – disse Katherine
Percebendo que Mark não estava entendo
aquilo ela tentou explicar, aquela era Charlotte, uma amiga de infância, a
melhor amiga dela. Katherine ia em direção a ela, mas é detida pelo seu
companheiro de viagem, ele segura o braço dela a alertando do perigo. Cyndaquil
estava machucado, ele provavelmente tinha sido atacado por ela antes de ser
pego.
Quando Katherine olha mais atentamente
para Charlotte vê uma expressão de ódio muito intensa.
Charlotte,
o que você esta fazendo aqui? Foi mandada pela minha família? – pergunta
Katherine
Exatamente,
os empregados, as famílias de segunda linha têm de servir a família principal,
se uma princesinha mimada decide ir embora é nosso dever atravessar metade do
continente para procurá-la. – disse Charlotte
–
Eu nunca pedi para você me procurar, eu disse que só precisava de um tempo, eu
avisei aos meus pais, eu só fugi porque eles não aceitavam.
–
Chega! Tudo que ouço de você são desculpas de uma garota mimada que não faz
ideia da sorte que tem. Mas chega, pare de me irritar eu vou te levar comigo, e
depois que te entregar de volta sua família ficará em debito comigo, me foi
prometido um lugar como aprendiz no ginásio do seu irmão.
–
Não vou voltar agora, não voltarei ate ter encontrado o que queria quando sai
de lá.
–
Hahahaha. Ótimo, muito obrigado mesmo. Sabe, seus pais estavam tão irritados
que autorizaram ate mesmo o uso moderado de força para te levar de volta. Eu
estava torcendo para você reagir.
–
Por que? Pare, eu não entendo, sou eu Charlotte. Nós éramos melhores amigas.
–
É claro que não entende, nunca pensou sobre os meus sentimentos, sobre como era
estar todo dia ao seu lado e ver tudo o que você tinha. Como alguém que tem
tudo pode entender alguém que perdeu tudo.
Bom capítulo, a relação de Mark e Katherine continua evoluindo lentamente, os dois decidiram procurar juntos o Cyndaquil e acabaram por encontrar uma antiga conhecida de Katherine que revela que ela havia saido de casa e que era rica, a história dela parece estar-se desvendando, fico curiosa para saber o que isso tem a ver com o Cyndaquil desobediente.
ResponderExcluirEntretanto Mark capturou um Elekid, que é um Pokémon de Johto, Katherine achou isso estranho, por um treinador de Kanto apanhar um Pokémon de outra região, mas para Mark isso parece não importar, estou ansiosa para ver os desenvolvimentos.