domingo, 26 de abril de 2015

Capítulo 10 - O vale das lágrimas




Depois de quarto horas de caminhada Mark e Katherine conseguem atravessar a trilha do Mt Moon e encontrar a rota para Cerulean, durante o trajeto encontraram vários Zubat, cada um que aparecia assustava a treinadora que se abraçava com o jovem de Miracle, deixando-o envergonhado.

A caminhada através da caverna foi útil para Mark treinar Elekid, ao mesmo tempo ajudou Katherine que usou Cyndaquil para iluminar o caminho, agor ela estava decidida a se dar melhor com ele e recomeçar como treinadora, ate o dando um nome, agora ele era Zuko.

Quando já começavam a avistar a cidade Mark perguntou.

Decidiu o que fazer Kath? – perguntou Mark
Não me chame de Kath! E respondendo a sua pergunta, não, ainda não sei. Por enquanto eu quero apenas conhecer o mundo, sinto que se continuar procurando vou encontrar o meu caminho. – disse Katherine
– Fico feliz que tenha decidido ficar comigo ... seguir viagem comigo quero dizer. – tenta se corrigir envergonhado
– Eu não disse que vou seguir viagem com você, só tive problemas desde que você apareceu.
– Mas ainda esta me seguindo não é?
– Bem, se eu não quisesse problemas não teria saído de casa.

Mark sugere que eles acampem por uma noite ou duas antes de seguir ate a cidade, ele esta preocupado com Charlotte, que ela deve ainda estar os caçando. Mas para a surpresa dele Katherine se mostra sem medo, ela diz que não vai passar o tempo todo assustada, com medo de encontrar a antiga amiga. Ela parece decidida a enfrentá-la e vencê-la caso se encontrem novamente.

Desse modo eles decidem seguir ate Cerulean, mas no meio dos arbustos encontra um Caterpie, Katherine se assusta e grita, ela parece ter medo de insetos, o pokemon se assusta e os ataca com String Shot, deixando-os presos juntos.

Mas eles foram salvos por um Leafeon, de modo extremamente habilidoso o pokemon usa Razor Leaf, de modo a cortar os fios sem machucá-los. Junto ao belíssimo pokemon de grama eles veem uma mulher.

Ela tinha cabelos vermelhos com mechas negras, seus olhos eram vermelhos como rosas na primavera, ela vestia um manto verde que a ajudava a se camuflar na floresta, suas roupas eram de exploradora. Ela parecia ter por volta de vinte anos.

Mark e Katherine agradecem, mas são repreendidos pela mulher, que diz que eles são muito jovens para namorar e que não deviam estar na floresta sozinhos. Ambos ficam envergonhados e tentam se explicar, dizendo que não era nada daquilo.

Mas a mulher não se aguenta e logo começa a rir, ela estava apenas a implicar com eles para deixá-los envergonhados. Ela se mostra muito simpática, mesmo com eles sendo forasteiros, Katherine estranha, mas Mark diz que ela é boa e que podem confiar.

Ela se apresenta, diz se chamar Hope, em seguida os convida para ajudá-la, já que ela perdeu tempo por ter ido os auxiliar. Eles concordam e a seguem ate uma passagem que termina em um grande vale, é uma visão linda, uma das coisas mais bonitas de Kanto,  um enorme jardim que se estende ate onde os olhos alcançam, por vários quilômetros apenas flores cobriam o solo, era o Vale das Lágrimas.

Mark pergunta sobre a razão por trás do nome. Ela explica que aquele é um memorial a todos os mortos na guerra de vinte anos atrás, que uma mulher ia ate o vale para ficar sozinha, na época ele era diferente, era cheio de pedras e nada crescia, mas com o tempo as lágrimas da mulher, que pranteava o marido morto na guerra, molhava o solo e fez nascer uma flor.

Ao ver aquela flor nascendo a mulher se alegrou, entendeu aquilo como um sinal de esperança, de recomeço naquele lugar que para ela era novo. Mas ao mesmo tempo ela pensou em todos os outros que também pranteavam seus mortos, aqueles para quem a guerra nunca terminaria.

Pensando nisso ela decidiu plantar uma flor para cada pessoa que morta, mesmo para os inimigos, porque eles também tinham deixado para trás pessoas que amavam, também foram derramadas lágrimas por eles.

No fim a mulher não conseguiu terminar de plantar todas as flores, morreu antes disso, mas a sua filha decidiu assumir seu lugar e cumprir a vontade da mãe, passando a se dedicar a cuidar daquele vale.

Katherine fica emocionada ao ouvir aquela historia, ela percebe que a filha da mulher da historia é Hope. Mas a jovem logo a interrompe enxugando suas lágrimas.

Por favor, este lugar não é um cemitério, não é um local para ficarmos tristes, ele é um símbolo de algo mais, que mesmo da tristeza e dar dor algo bonito pode nascer, que podemos recomeçar sempre e transformar as coisas ruins em bênçãos. – disse Hope

Depois de ajudarem ela por todo o resto da tarde, eles fazem um piquenique juntos, ela tinha um bolo que dividiu com eles, em seguida eles soltaram os seus pokemon e eles ficaram a brincar juntos. A paisagem ela belíssima, era um cenário de sonho, eles permaneceram lá ate o entardecer.

Pelo jardim eles também veem dezenas de pokemon selvagens a brincar, Cacnea, Nincada, Hoppip, Ledyba, Oddish e muitos outros. Mark se sente tentado a capturá-los, mas a expressão severa de Hope o faz desistir, ele entende que aquele é um santuário para os pokemon também, que naquele lugar devem ser  respeitados.

Com a chegada da noite eles decidiram ir embora, foi nesse momento que Hope perguntou a eles se tinham um local para ficar na cidade, eles responderam que não, mas que se virariam ficando no Centro Pokemon, que oferece abrigo para visitantes.

Ela logo recusa, diz que eles a ajudaram muito e oferece um lugar para eles na casa dela, que é muito espaçosa e podiam se instalar enquanto ficassem por Cerulean.

A cidade é muito bonita e agitada, com vários cafés e restaurantes, há também um grande aquário que no passado era a sede do ginásio da cidade. No final da avenida principal eles chegam ate uma enorme estufa, que quando as luzes são ligadas é revelado como sendo o ginásio da cidade.

Eles ficam surpresos ao saber que Hope era a líder de ginásio de Cerulean, ela parecia tão doce e amável, era difícil imaginá-la como a treinadora mais poderosa da cidade, a líder militar e responsável pela defesa de toda população.

Apesar dos apelos de Katherine para que ele ficasse calado Mark decide contar a verdade a Hope, ele pensa que é injusto se aproveitar da boa vontade dela sendo que o objetivo dele ao vir para Cerulean era a enfrentar para conseguir uma badge.

Katherine fica amuada, ao ver a mansão ficou sonhando com um bom banho de banheira, com camas grandes e confortáveis, travesseiros macios, lençóis de seda, e agora eles teriam que dormir em colchões no chão do Centro Pokemon. 

Entretanto as coisas não tomaram o rumo imaginado por Katherine, na verdade Hope sabia que eles tinham vindo a desafiar, ela revela que o encontro deles não foi uma coincidência, que ela vigia as fronteiras de Cerulean e toma conhecimento de cada pessoa que entra e sai da região.

Ela quis aquele encontro para poder conhecer Mark e Katherine antes de se enfrentarem no ginásio, ela gostava de saber contra que tipo de pessoa iria lutar, e o melhor modo de julgar isso era sem se revelar como gym leader.

Eles ficam surpresos com a perspicácia de Hope, ela era bem mais ardilosa e inteligente do que tinha parecido a primeira vista.

Cuidado Mark, não se esqueça que ate um rosa possuo espinhos. – diz Hope sorrindo enquanto os convida para entrar.

O jantar deixa Mark decepcionado já que ele queria comer carne, e Hope era vegetariana, e na sua casa apenas comida desse tipo era servida, Katherine por outro lado apreciou bastante a salada.

Após o jantar tiveram uma conversa agradável na sala, Katherine ainda sentia-se insegura sobre confiar em estranhos, preferindo ficar calada, enquanto isso Mark falava muito, contando historias de sua cidade natal, falando sobre o encontro com Bruce e Lloris, a impressão que tinha tido sobre David.

Hope concorda que Bruce é uma pessoa muito boa e confiável, ela conta que Lloris já passou pelo gym dela, e que ela o fez sentar-se em uma cadeira com ervas venenosas, nada que pudesse feri-lo, mas as plantas deixaram-o com coceira por todo o corpo.

Em seguida ela fala sobre David, diz que ele também causou uma forte impressão nela, mas ela não se lembra dele tanto pela força, sim ele era muito forte, mas vários outros fortes treinadores passaram pelo ginásio, ela diz se lembrar dele pelos olhos, eram os olhos mais tristes que ela já tinha visto.

Já estava ficando tarde e ela se despede deles dizendo que precisa descansar, ela promete marcar a luta com Mark para o dia seguinte, por isso também recomenda que ele descanse bem e pense em estratégias para enfrentá-la. Ela diz que pela manhã o guiará pela estufa para que ele possa conhecer o campo de batalha, e como já era obvio, ela revela-se usuária de pokemon grass type.

Katherine dorme confortavelmente aproveitando o enorme quarto que ganhou para passar a noite, enquanto isso no outro quarto Mark continua acordado, ele olha para o teto enquanto segura em suas mãos as pokeballs de Elekid e Nidoran, ele esta nervoso com a batalha, sua batalha de ginásio.


De repente, quando esta prestes a dormir Mark vê uma enorme nuvem de fumaça subindo. 

Um comentário:

  1. Bom capítulo, já conhecemos a nova gym leader que é do tipo grama, Mark vai ter alguma vantagem com seu Nidoran, já Elekid vai ter bastantes dificuldades, gostei do desenvolver da relação de Mark com Katherine, foi um capitulo bem animado =P

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