Uma floresta em
chamas, um fogo incontrolável que dizimava todo aquele cenário que um dia antes
era verde e cheio de vida, por entre as chamas passava um homem com um uniforme
rasgado e com manchas de sangue, a maior parte não era dele.
Por horas ele
caminhou ate chegar na primeira cidade, a cada passo seu coração se enchia mais
e mais de ódio e rancor, no seu caminho ele via cinzas e ossos de pessoas e
Pokémon, era como um homem caminhando em direção ao cadafalso.
Um homem que
tinha uma missão, que decidiu um dia dedicar sua vida a proteger as coisas que
amava, e que agora só tinhas cinzas nas mãos, não havia restado nada para ele
proteger.
Seu ódio pelos
humanos crescia, aquilo era culpa deles, sua maldita guerra estava destruindo
toda a região.
Ao anoitecer ele
chega numa cidade deserta, prédios destruídos, outros ainda queimando, um
cenário que emanava um forte cheiro de morte, um dos poucos prédios que haviam
restado eram da velha biblioteca da cidade, sentindo-se cansado e com frio ele
decidiu entrar para passar a noite lá.
Dentro da
biblioteca ele encontra um grupo de crianças, tremendo de frio e com muito medo
eles se abraçavam, os mais velhos tentavam consolar os mais jovens que
choravam, dias antes o exercito havia passado pela cidade e levado todos em
idade adulta para se alistarem no exercito, essas crianças eram inúteis e
tinham sido deixadas para trás.
Nesse momento o
ranger sentiu-se culpado, a culpa não era dos humanos em si, assim como os
Pokémon tinham sido vitimas dessa guerra, muitas pessoas inocentes também
haviam sido pegas no meio do conflito, mas mais do que isso, quando ele olhou
para aquelas crianças e imaginou em que mundo elas viveriam, ele sorriu, porque
descobriu que ainda haviam coisas que ele podia proteger.
Durante um ano
ele permaneceu com aquelas crianças, os ensinou a ler, a plantar, e como podiam
se virar sem ele. Toda noite ele lia para eles uma historia de esperança, um
livro que contava a historia de uma guerra, e de um herói que se levantava e
salvava a todos, acabando com a guerra e criando um mundo de paz onde todos
podiam viver suas vidas.
Então um dia o
ranger disse as crianças que as deixaria, que precisava fazer algo em relação a
tudo que estava acontecendo, que seria um herói e terminaria a guerra. As
crianças choraram bastante, mas entenderam a despedida, e apenas pediram para
ele ser bravo e corajoso.
Elas pediram
para ele deixar com elas o livro que lia toda noite, mas quando ele entregou
elas viram que existia apenas a capa, as páginas do livro haviam queimado no
ataque que a biblioteca sofreu.
O ranger disse a
cada dia olhava para os olhos daquelas crianças e via que eles precisavam de
esperança, precisavam de um herói, então durante esse um ano ele se nutriu do
que via nos olhos deles, a fé em um mundo melhor, os sonhos de dias melhores.
Ele partiu
prometendo terminara a guerra e trazer paz ao mundo, ele conseguiu, mas o
caminho e as escolhas que teve de fazer para chegar nesse ponto ate hoje pesam
sobre sua consciência e o assombram.
Aquele livro que
ele escreveu com o mundo que sonhado pelas crianças, nunca poderia imaginar no
que ele se tornaria, e ao que ele levaria, o que foi preciso para chegar lá
terminou por levar ao apocalipse.
Darmian lembrava
desses momentos, lembrava de cada escolha que definiu sua vida, era o momento
de agir, ele voava sobre o oceano nas costas de seu Salamence.
É
sua última chance, estão me seguindo há quase uma semana, deviam saber que
nunca vou baixar a guarda ou me descuidar. Agora vou voltar para Indigo
Plateau, então sugiro que me ataquem agora. – disse Darmian
Ele respira
fundo enquanto espera, e logo vê ao horizonte duas pessoas se aproximando, dois
encapuzados usando máscaras, um vinha nas costas de um Samurott e o outro nas
costas de um Dragonite.
Suponho
que sejam aqueles que se intitulam Lux. – disse Darmian
Passaram-se
cinco minutos sem que ninguém dissesse nada, apenas se sentia uma grande tensão
no ar, como se a qualquer momento um violento confronto fosse começar.
Esse
silêncio me faz pensar que vieram aqui determinados a cumprir uma missão e não
vão se distrair por nada, ou então que tem receio de que eu reconheça alguma
das vozes. – disse Darmian
Não
tememos nada, apenas não vemos sentido em conversar com um homem morto. – disse
um deles
–
Estão muito confiantes para quem caiu numa armadilha.
–
Armadilha? Nós o vigiamos por dias, você esta sozinho contra nós dois.
–
Exatamente, talvez se fossem quatro ou cinco teriam alguma chance, mas apenas
dois não serão capazes de muita coisa contra mim. Sugiro que não rejeitem minha
oferta, eu vós ofereço clemência e o uma pena branda se se entregarem agora e
contarem tudo que sabem sobre a organização bem como os outros líderes.
Os dois
mascarados ficaram incrédulos diante das palavras de Darmian, embora a primeira
vista soasse como palavras extremamente arrogantes e presunçosas, a verdade é
que eles entendiam porque ele tinha dito aquilo.
Apenas estar
diante de Darmian gerava uma enorme pressão, era uma aura diferente de tudo que
eles já tinham sentido, aquele homem era um deus. Mas eles já imaginavam que
teriam de enfrentar algo desse tipo, desde o dia em que entraram para a Lux e
prometeram destruir a utopia criada pela Elite 4.
Eles sabiam que
um dia teriam de enfrentá-los, que um dia teriam de matar deuses, foi para isso
que venderam suas almas ao demônio ...
Darmian tinha
uma rosto uma expressão de bondade e ternura que os comoveu, que se não
tivessem tão determinados certamente hesitariam diante da oferta de paz
oferecida, mas eles não voltariam atrás agora.
Nós
cometemos nossos crimes, não pensem por um momento sequer que eu não reconheço
isso, vocês jovens são nossos pecados finalmente nos alcançando. Eu sei quem
vocês são. – disse Darmian
–
Vocês são as crianças que transformamos em órfãos, são os que transformamos em
assassinos, eu entendo como se sentem, tem todo o direito de nos odiar, nos
arruinamos as suas vidas, merecemos todo castigo que imaginaram contra nós.
– Mas agora já se passaram vinte anos do fim
da guerra, uma nova geração nasceu, uma que nunca conheceu os horrores da
guerra, eles não merecem sofrer o mesmo que vocês sofreram, vocês deviam ser os
primeiros a reconhecer isto.
–
Fico triste em ver que minhas palavras parecem não surtir efeito em vocês, quer
dizer que infelizmente terei de partir para a ação, e por mais que eu admita a
culpa e o direito de vocês em me julgar por isso, eu prometo que me
transformarei no próprio diabo para impedir que vocês arruínem o futuro da
próxima geração.
A imagem calma e
serena de Darmian que lembrava um Buda, logo se transformou numa imagem
assustadora que lembrava um Asura. Ele disse para eles o seguirem ate uma ilha
que ficava a uns poucos quilômetros de lá, nesse lugar poderiam começar a
batalha.
Ao chegarem à
pequena ilha rochosa e desabitada, um dos mascarados tomou a palavra.
Acho
que você foi sincero conosco, portanto também lhe direi algo sobre os Lux, não
posso lhe dar os nomes, mas contarei quantos somos e nossos codinomes, encare
isso como um desafio, se ao fim nos vencer terá as respostas que quer. – disse
um dos mascarados
–
Lux é formada por sete pessoas: Ephesus, Smyrna, Pergamum, Thyatira, Sardis,
Philadelphia e Laodicea. Eu sou Philadelphia e ele é Smyrna. Agora chega de
apresentações e conversa, vamos nos matar, é para isso que viemos aqui.
Darmian começa o
confronto enviando seu Slaking, Philadelphia envia um Zebstrika, e Smyrna um
Persian.
Você não pode terminar isto desse jeito, eu quero rolar mais para baixo, mas o blogger não deixa, deve ter algum defeito, você não terminaria algo assim desse jeito para me fazer sofrer, você não é tão sádico assim...right?
ResponderExcluirAdorei o capítulo, todo o começo com aquela destruição e com Darmian ajudando aquelas crianças. Terminando com o seu discurso para os lux, tudo perfeito. Muito bom, um dos melhores capítulos que já li seus.