sexta-feira, 27 de março de 2015

Capítulo 3 - O príncipe cruel




Após deixar a casa do professor Robert, Mark segue em direção a saída de New Pallet, não sem antes encontrar na saída da cidade o grupo de punks, eles tentam o intimidar e ameaçar, dizendo que vão treinar muito e se um dia ele voltar a cidade eles o arrasaram, ele apenas sorri e acena dizendo que espera vê-lo de novo no futuro.

Saindo da cidade ele segue por fora da trilha, quer conhecer a região, então entra na floresta, lá ele se depara com vários pokemon diferentes, Heracross, Pinsir, Cascoon., não muito longe dali o que parecia ser um Sudowoodo a brigar com um Aipom travesso.

Ele fica maravilhado com aquilo, tantos pokemon diferentes, ele fica apontando a sua pokedex para cada um e descobrindo mais sobre eles, aquele mundo onde existiam mais de setecentos tipos diferentes de pokemon.

Sabe, você pode os capturar primeiro e depois os analisar com sua pokedex. – disse uma voz feminina
Estava me perguntando quando você apareceria. E sim você tem razão, mas ainda estou deslumbrado com tudo isto, quantos tipos diferentes de pokemon, há tanto para se ver. – disse Mark
– Desde quando você notou?
– Quando encontrei aquele grupo na saída da cidade, naquele momento em que parecia que iam me atacar você se descuidou e reparei que estava me seguindo. Aliás, você se esconde muito bem, parece ter alguma experiência nisso.
– Se sabia que eu estava te seguindo por que não disse nada.
– Imaginei que devia estar se escondendo por algum motivo, preferi deixar que revelasse quando estivesse pronta.
– Hump. Você é mesmo bem estranho.
– Acho que não foi apenas para dizer isso que me seguiu.
– Tem razão, eu só ... eu só queria agradecer por aquilo que disse, por ter enfrentando aquela policial.
– Não precisa me agradecer, eu só fiz o que achei correto, você foi a heroína do dia, me ajudou a enfrentar aquele bando, não podia permitir que ela te ofendesse.
– Bem, é só que não encontrei muitas pessoas gentis desde que sai de casa, então queria realmente agradecer e me despedir apropriadamente. É isso, adeus. Espero que nos encontremos novamente.
– Você poderia pelo menos me dizer seu nome antes de ir.
– É Katherine.

Eles apertam as mãos e cada um segue em uma direção.

Katherine fica pensando nesse estranho encontro, como afinal existem algumas pessoas gentis no mundo, e que precisa tomar mais cuidado, ele quase arranjou problemas com a policia, se tivesse sido presa teriam investigado quem ela é, e isso teria causado grandes problemas.

De repente ela é desperta de seus pensamentos por uma mão em seu ombro, como reflexo ele da um soco na pessoa sem mesmo ver de quem se tratava, quando olha para o chão vê Mark com um olho roxo e algumas flores na mão.

Você poderia pelo menos ter esperado eu pedir antes de dizer não. – disse Mark
Idiota, o que pensa que esta fazendo me seguindo? E para que essas flores e o que quer dizer com pedido? – pergunta Katherine envergonhada
– Eu ouvi dizer que se deve levar flores antes de convidar uma garota para alguma coisa, e eu queria te convidar para ser minha companheira de viagem.
– Você esta louco? Eu sou de Johto, você é de Kanto.
– E daí? Eu não ligo de onde você é, eu vivi minha vida inteira em uma pequena e isolada vila, eu não sei como é o mundo real, no meu primeiro encontro com pessoas reais fui atacado por aquele grupo e não foi derrotado graças a sua ajuda. Mas o contrário também é verdade, você teria problemas para enfrentar os três. Eu acho que podemos nos ajudar.
– Eu viajo sozinha, não preciso de ajuda, se eu quisesse podia ter vencido todos eles sozinha. E pare de me seguir, isso é estranho.

Dizendo isto ela vira as costas para ele e segue andando, mas quando olha para o lado Mark esta ao lado dela. Antes que ela começasse a reclamar e esbravejar ele diz que esta perdido, que se empolgou entrando na floresta e agora não sabe como sair e voltar a rota, então pede para a acompanhar ate saírem de lá pelo menos.

Embora relutante ela aceita o guiar ate a saída, mas depois disso, eles se separaram em definitivo.

Ele tenta conversar enquanto eles caminham, começa a perguntar por que ele esta viajando, qual o objetivo dela, se pretende ir a liga ou algo diferente, Katherine se mostra incomodada e não quer falar a respeito, mas quando Mark começa a contar sobre seu sonho que o fez sair de sua pequena vila, de como gostaria de conhecer o mundo, de montar sua team e chegar ate a Liga Pokemon para ter o direito de enfrentar a Elite 4, aquilo parecia bobo, sonhos de qualquer iniciante, mas que eles não tem coragem de contar em voz alta porque sabem que todos vão rir.

A cada ano centenas de jovens saem em jornadas com o mesmo sonho, mas no fim apenas um conseguirá, todos os outros conhecerão o fracasso e a dor da derrota, isso faz com que muitos já se preparem mentalmente para a derrota, para tentar próximo ano, para usar seu primeiro ano como treinador apenas para ganhar experiência, mas ele não. Ela olhava para os olhos de Mark, ela sentia em suas palavras, ele não almejava nada mais além do topo.

De algum modo ela achou que ele a entenderia, que ouviria o que ela tinha a dizer e a  levaria a sério, então ela sussurrou seu objetivo, tão baixo que era como se tivesse vergonha de dizê-lo me voz alta, ser uma líder de ginásio.

Ela havia saído em viagem para treinar, para enfrentar lutadores diferentes, pokemon variados, e assim tentar se preparar o melhor possível para desafiar o atual líder de ginásio de Cinnabar.

Ela explicou a Mark que anualmente os líderes de ginásio recebiam desafios valendo sua posição, que o cargo devia ser ocupado pelo mais forte treinador da região, assim eles eram continuamente testados de modo a nunca se acomodarem, ela treinaria para daqui a um ano desafiar Damon, o líder de Cinnabar.

De repente eles escutam uma explosão e uma grande nuvem de fumaça se formando, um incêndio havia começado, amedrontados dezenas de pokemon corriam fugindo do fogo, em meio a isso ele viram um jovem em meio as chamas.

Era um jovem de cabelos azuis, um penteado que formava uma franja cobrindo a testa, e como que duas grandes asas na parte lateral da cabeça, ele vestia um terno muito bonito e elegante, azul com detalhes em vermelho e botões dourados, além de um grande cachecol amarelo que ia ate o chão.

Este jovem ria arrogantemente enquanto a floresta queimava, ele possuía um poderoso Emboar que era o responsável pelo incêndio.

Mark ia em direção a ele para impedi-lo e o fazer parar com aquela loucura, mas Katherine o segurou pelo braço. Ela parecia assustada com aquilo.

Ela contou que conhecia aquele homem, ele era Lloris, o atual vice-campeão da Liga Pokemon, numa das mais disputadas e difíceis finais da historia ele foi derrotado por muito pouco, mas ele não aceitou esta derrota ate hoje.

Ele era muito perigoso, era temido por toda região porque abusava de seus privilégios como representante oficial de Vermilion.

Ela explicou que cada região elege seus mais fortes candidatos e os tornam representantes oficiais, eles possuem uma serie de vantagens e benefícios em relação aos treinadores comuns. De certa forma é como se fossem atletas patrocinados. A vitoria na liga representa muito em termos de prestigio e ate mesmo orgulho para toda a cidade.

Na situação atual em que se encontram praticamente em guerra fria a competição tinha cada vez mais valor para impor a superioridade de um povo sobre o outro.

Contudo, apesar de todos os avisos de Katherine, Mark saiu dos arbustos de onde estavam se escondendo e foi confrontar Lloris.

Pare com isso! Não percebe o que esta fazendo? Esta destruindo a floresta, esta ferindo e assustando os pokemon. – gritava Mark
Não levante a voz para mim seu ser inferior. Eu sou Mathieu Lloris, faço parte da realeza de Unova, sou uma estrela, sou o maior treinador pokemon de todo o mundo. Insetos como você deviam se ajoelhar e baixar a cabeça em minha presença. – disse Lloris em um tom arrogante
– Por que esta fazendo isto? Atacando toda esta floresta.
– É simples, eu quero um Zorua, me foi dito que podia encontrá-los por aqui. E não me apetecia perder tempo procurando, então pensei em um modo rápido de fazê-lo aparecer, mas não se preocupe, assim que encontrar um paro este incêndio, ou não. Hahaha

Mark cerrava os punhos demonstrando toda sua raiva diante daquilo, a forma como Lloris agia, como tratava os pokemon e aquela floresta, ele sabia que agia daquele modo por aquela região pertencer aos habitantes nativos de Kanto, ele não faria aquilo na região que pertence a Unova.

Contudo, Mark reconhecia a força dele, bastava olhar para ver como aquele Emboar era bem treinado e poderoso, seu pequeno e ainda inexperiente Nidoran não seria capaz de enfrentá-lo.


Mark entendeu a diferença e nível, e a força daqueles que estão no nível mais alto do mundo.

Um comentário:

  1. Otimo capítulo, você mostrou bem Mark andando á toa, maravilhado com tudo o que vê, Katherine tem os pés mais acentes na terra, mas também luta por um sonho de ser gym leader, no final eles encontram um treinador de um nível muito superior, vamos ver como corre a luta, gostei muito deste capitulo.

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